Se você é advogado, sabe bem como nosso sistema judiciário está sobrecarregado. Processos que se arrastam por anos, clientes ansiosos por uma solução e um desgaste emocional que atinge todos os envolvidos. Mas e se houvesse uma forma mais rápida, eficiente e satisfatória de resolver conflitos? A boa notícia é que essa solução já existe: a mediação.
Por que a mediação é tão importante para a advocacia?
Desde que o novo Código de Processo Civil (CPC) entrou em vigor, lá em 2015, a mediação passou a ser incentivada como a melhor alternativa para resolver disputas. Está lá no artigo 334 do CPC: antes de partir para o litígio, as partes devem tentar um acordo. Além disso, a Lei da Mediação (13.140/2015) deixou claro que essa prática pode (e deve!) ser usada tanto na esfera judicial quanto extrajudicial.
E por que isso é vantajoso para nós, advogados? Porque um processo na Justiça pode levar anos, custar caro e desgastar a relação entre as partes. Já a mediação permite que o cliente resolva seu problema de forma mais rápida, menos custosa e com um resultado que realmente faça sentido para ele.
O que o seu cliente realmente quer?
No fim das contas, o cliente não quer um processo. Ele quer uma solução. Quer resolver a questão da melhor forma possível, com o menor impacto financeiro e emocional. E é aqui que a mediação se destaca: ela dá autonomia para as partes construírem juntas um acordo que funcione para ambas.
Mas para isso acontecer, é preciso mais do que simplesmente se sentar e negociar. A Comunicação Não-Violenta (CNV) é um grande diferencial nesse processo. Quando aplicamos a CNV, ajudamos nossos clientes a se expressarem de forma mais clara e empática, criando um ambiente mais favorável ao entendimento. E vamos combinar: um acordo bem construído, onde ambas as partes saem satisfeitas, é muito mais sustentável do que uma decisão judicial imposta.
A advocacia está mudando. Você está acompanhando?
O Código de Ética da OAB já reforça que o advogado deve buscar a solução pacífica dos conflitos sempre que possível. E a verdade é que a profissão está evoluindo. Hoje, não basta apenas conhecer leis e jurisprudências. O advogado do futuro – ou melhor, do presente – precisa entender sobre negociação, mediação e CNV para oferecer um serviço realmente diferenciado.
A mediação não substitui a advocacia, pelo contrário: ela amplia nosso campo de atuação. O advogado que domina essa ferramenta se torna um facilitador de soluções, alguém que entrega resultados mais rápidos e eficazes para seus clientes.
Conclusão
Se você quer se destacar no mercado jurídico, a mediação e a CNV precisam fazer parte do seu repertório. Mais do que desafogar o Judiciário, essas práticas oferecem uma nova forma de atuar, mais estratégica, humana e eficiente. Afinal, no final do dia, nosso objetivo é garantir que o cliente saia satisfeito – e não apenas com um processo a mais na pilha interminável do tribunal.
A advocacia está mudando. E você, está pronto para essa transformação?