A Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (Ejud-15) deu início à 14ª edição do Curso de Formação Inicial de Mediadores e Supervisores de Centros Judiciários de Solução de Conflitos (Cejuscs-JT). O curso está sendo oferecido na modalidade ensino a distância (EaD), com aulas ao vivo e telepresenciais. A aula inaugural aconteceu nesta sexta-feira (21/3) e contou com 126 participantes, entre magistrados e servidores do TRT-15 e de outros tribunais.
O tema da primeira aula foi “O conflito, seus métodos de resolução e a Política Pública de tratamento adequado das disputas”. A abertura do curso foi conduzida pela presidente do TRT-15, desembargadora Ana Paula Pellegrina Lockmann, e pelo diretor da Ejud-15, desembargador Luiz Felipe Paim da Luz Bruno Lobo.
A desembargadora Ana Paula ressaltou a relevância dos métodos consensuais na solução de conflitos trabalhistas, mencionando que, em 2024, o TRT-15 distribuiu R$ 3 bilhões aos reclamantes por meio da conciliação. Segundo ela, esse número evidencia o impacto positivo dessa política e a necessidade crescente de profissionais altamente qualificados. “Esse curso é mais do que uma capacitação, é um investimento estratégico da Justiça do Trabalho”, destacou.
O diretor da Ejud-15, desembargador Luiz Felipe, deu as boas-vindas aos alunos e destacou a importância da formação contínua de magistrados e servidores. Ele também enfatizou a qualificação da docente responsável pela aula inaugural, a juíza Amanda Barbosa, titular da 4ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto. Mestre em Direito pela Universidade de São Paulo, a magistrada tem formação em Mediação de Conflitos pelo Straus Institute for Dispute Resolution da Pepperdine University, pelo NUPEMEC do Tribunal de Justiça de São Paulo e pela Ejud-15.
O curso reúne 86 servidores, 29 magistrados e 11 participantes do público externo, todos focados no aprimoramento de técnicas de autocomposição. A formação visa instrumentalizar os alunos com habilidades essenciais para conduzir processos de mediação e conciliação de maneira eficaz e ética. Entre os temas abordados estão conflitos e métodos de resolução, técnicas autocompositivas, negociação assíncrona, ética dos facilitadores e cálculos para mediadores.
A capacitação segue até o dia 30 de junho, com carga horária de 101,5 horas para magistrados e 131 horas para servidores.