O juiz da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha e coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) local, Tarciso Moreira de Souza, e os mediadores voluntários da Comarca participaram, nos dias 9 e 10 de maio, de dois eventos sobre Justiça Restaurativa conduzidos pela especialista Irmã Petronella Maria Boonen.
Conhecida como Irmã Nelly, a educadora é referência nacional no tema, sendo considerada uma das cofundadoras da Justiça Restaurativa no Brasil. Com formação internacional, incluindo instituições como o International Institute for Restorative Practices (EUA), o European Forum for Restorative Justice e a Fundación para la Reconciliación (Colômbia), Irmã Nelly apresentou metodologias que promovem a responsabilização, a transformação de relações e o fortalecimento da cultura da paz.
A palestra “A aplicação da Justiça Restaurativa como instrumento de atuação em rede socioassistencial no município de Varginha” ocorreu no Porto Seco do Sul de Minas, com apoio das empresas locais, e foi organizada pelo Núcleo de Capacitação para Paz (Nucap). Estiveram presentes representantes de diversas instituições da rede de apoio, como as Secretarias Municipais de Educação e Saúde, Conselho Tutelar, Cras, Creas, Caps, Caps-AD, Ceapa, OAB-MG, PMMG, PCMG, Casa Lar, Ciam Varginha e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
Já o Congresso “Justiça Restaurativa – Nos teus Dias a Justiça Florirá” foi promovido pela Diocese da Campanha, por meio da Coordenação Diocesana do Jubileu da Esperança 2025. A programação reuniu integrantes do Judiciário, advogados, lideranças religiosas e representantes de entidades sociais.
Além da equipe do Cejusc, participaram o servidor Everton Wilson Ribeiro, da Vara de Família e Sucessões; a presidente da Comissão de Direito Sistêmico, Mediação e Justiça Restaurativa da OAB-MG (subseção Varginha), Andrêssa Marques Ferreiras; a coordenadora do Nucap, Angela Mara Toledo; entre outros profissionais.
Para o juiz Tarciso Moreira de Souza, os eventos representaram um avanço significativo na promoção da Justiça Restaurativa na região. “Tivemos a presença de lideranças jurídicas, religiosas, agentes pastorais, mediadores, educadores e representantes de organizações como a Apac Varginha, a Sejusp e instituições de ensino. Foi uma grande mobilização em torno da cultura da paz”, afirmou.
A supervisora do Cejusc, Núbia Bueno de Macêdo, destacou o impacto formativo das ações. “Foram eventos de grande valia para o crescimento profissional e pessoal de todos os participantes”, concluiu.