A família de Vilson Souza, técnico de enfermagem indígena morto em 2023 na Terra Indígena Yanomami (RR), firmou acordo de R$ 750 mil por danos morais em mediação realizada no Cejusc de Boa Vista. O valor foi negociado com a agência responsável pela contratação de profissionais de saúde na região, evitando judicialização do conflito.
Detalhes do caso
Vilson, de 27 anos e do povo Macuxi, atuava na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI) da Aldeia Maraxiú quando uma discussão com outro agente de saúde culminou em um disparo de flecha que perfurou seu coração e pulmão. O socorro imediato não evitou sua morte.
A mediação, conduzida pelo juiz Gleydson Ney Silva da Rocha, buscou equilibrar reparação à família e impacto nas relações comunitárias. “O acordo priorizou a pacificação, evitando escalonamento de tensões em um território já vulnerável”, destacou o magistrado.
Desafios expostos
O caso revela falhas na segurança de profissionais em áreas indígenas:
- Conflitos internos em equipes de saúde;
- Risco de violência em regiões com acesso limitado a estruturas de proteção.
O Cejusc de Roraima, especializado em mediação intercultural, tem sido fundamental para resolver disputas sensíveis, garantindo diálogo entre instituições e povos tradicionais.