O Polo de Mediação e Ações Restaurativas (POMAR) da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro realizou, nesta segunda-feira (14), a oficina “O que é mediação, afinal?”. O evento teve como objetivo estimular reflexões sobre abordagens dialógicas para a resolução de conflitos, além de fomentar a cultura da paz no campo jurídico e social.
A atividade foi realizada nas dependências da Fundação Escola Superior da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (Fesudeperj) e buscou ampliar a compreensão sobre metodologias como a mediação e as práticas restaurativas.
Para a defensora e subcoordenadora do POMAR, Larissa Davidovich, a iniciativa representa uma mudança significativa na atuação institucional da Defensoria Pública:
— A Defensoria deve compreender seu papel fundamental na cultura da paz, convidando seus usuários a entenderem que o conceito de Justiça é muito mais amplo. Em certas situações, devemos oferecer espaços dialógicos e restaurativos, trazendo novos olhares sobre os conflitos — afirmou.
Participaram da oficina convidados que atuam diretamente na promoção da mediação no Brasil e em Portugal, como a coordenadora estadual dos Centros de Conciliação e Mediação da Defensoria de Minas Gerais, Paula Pintem; o coordenador da Comissão de Métodos Consensuais de Conflito do Condege, Bruno Borges; e o presidente do Instituto de Mediação e Arbitragem de Portugal (IMAP), Pedro Martins, mediador nos Serviços de Mediação Familiar e nos Julgados de Paz do Ministério da Justiça de Portugal.
A coordenadora do POMAR, Ana Rosenblatt, destacou que a mediação propõe uma mudança de lógica e requer uma escuta mais sensível das relações humanas:
— A mediação no mundo de hoje é uma contracultura. Vivemos hiperconectados, mas não no sentido humano. Como alcançar essas pessoas em todo o estado, sem perder a essência da mediação, que é o olho no olho, o diálogo? — questionou.
