O processo de mediação iniciado pelo Vasco para renegociar sua dívida histórica, estimada em R$ 1,4 bilhão, completou quatro meses com resultados classificados como “animadores” pelo clube. Os esforços contribuíram para a aprovação do pedido de recuperação judicial pela Justiça do Rio de Janeiro na quarta-feira (26), conforme decisão da juíza Caroline Rossy Brandão Fonseca.
Resultados da mediação
De acordo com relatório da Fundação Getúlio Vargas (FGV), responsável pela mediação, já foram realizadas 187 sessões de negociação, resultando em 145 acordos formalizados e 13 pendentes de assinatura. A lista de credores inclui nomes emblemáticos, como:
- Dorival Júnior (atual técnico da seleção brasileira): crédito de R$ 4,5 milhões;
- Felipe (ex-jogador e atual diretor-técnico): R$ 519 mil;
- Alexandre Mattos (ex-executivo da SAF): R$ 235,8 mil.
O relatório, juntado ao processo de recuperação judicial, foi citado pela juíza como exemplo de “gestão responsável” sob o comando de Pedrinho, presidente que promove cortes de custos e busca novas receitas.
Termos dos acordos
Os pagamentos seguirão um cronograma escalonado ao longo de 10 anos, com parcelas trimestrais progressivas:
- Primeiros 45 dias: 10% do crédito (limite de R$ 15 mil);
- Até 5/12/2025 ou homologação judicial: nova parcela de até R$ 15 mil;
- 3 primeiros anos: saldo remanescente em parcelas trimestrais de R$ 17,6 mil (limite de 150 salários mínimos);
- Do 4º ao 10º ano: parcelas crescentes, variando de R$ 55mil a 362,5 mil por trimestre.
Credores com valores residuais após a década receberão o restante em parcelas únicas.
Impacto para o Vasco
A aprovação da recuperação judicial permite ao clube reestruturar finanças sem pressão de bloqueios, enquanto a mediação evita litígios prolongados. A juíza destacou que o modelo adotado pelo Vasco “reduz conflitos e garante transparência”, alinhado às boas práticas de governança.
